Escabiose: sintomas, causas, tratamento e prevenção da sarna humana

A escabiose, também conhecida popularmente como sarna humana, é uma infecção de pele altamente contagiosa causada por um ácaro microscópico. Embora seja uma condição comum, ainda desperta muitas dúvidas e preconceitos.

Tratar a Escabiose corretamente é fundamental para evitar a disseminação e aliviar o intenso desconforto que ela provoca. Neste artigo, você vai entender o que é a Escabiose, quais são suas causas, sintomas, formas de transmissão, tratamento e medidas de prevenção recomendadas por dermatologistas.

O que é Escabiose?

A Escabiose é uma doença de pele causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei, um parasita que se aloja na camada mais superficial da pele, onde cava túneis microscópicos para depositar ovos.

Essa infestação provoca forte coceira, irritação e pequenas lesões avermelhadas, especialmente à noite, quando o ácaro é mais ativo.

A Dra. Ana Carulina Moreno, dermatologista reconhecida na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, explica:

“A Escabiose é uma condição contagiosa, mas de fácil tratamento quando diagnosticada precocemente. O principal erro é confundir com alergias comuns e adiar a busca por ajuda médica.”

Causas e formas de transmissão da Escabiose

A causa da Escabiose é a infestação pelo ácaro Sarcoptes scabiei var. hominis, que se transmite principalmente por contato direto e prolongado com a pele de uma pessoa infectada.

Também é possível contrair o parasita por meio de roupas, lençóis, toalhas ou outros objetos contaminados, embora essa forma de transmissão seja menos comum.

As principais formas de contágio incluem:

  • Contato pele a pele prolongado;
  • Relações sexuais;
  • Compartilhamento de roupas de cama ou vestimentas;
  • Contato próximo em ambientes familiares, escolas ou creches.

Importante destacar que a Escabiose não está relacionada à falta de higiene pessoal. A doença pode afetar qualquer pessoa, independentemente de classe social ou hábitos de limpeza.

Sintomas da Escabiose

Os sintomas da Escabiose geralmente aparecem de 2 a 6 semanas após o contato inicial com o ácaro.
Nos casos de reinfestação, os sintomas podem surgir em apenas alguns dias.

Principais sintomas:

  • Coceira intensa, principalmente à noite;
  • Pequenas bolhas ou pápulas avermelhadas;
  • Lesões de coçadura (escoriações);
  • Linhas finas na pele, que representam os túneis feitos pelo ácaro;
  • Em casos graves, crosta espessa e descamação.

As áreas mais afetadas costumam ser:

  • Dedos das mãos e dos pés;
  • Punhos e cotovelos;
  • Axilas;
  • Nádegas;
  • Região abdominal;
  • Genitália;
  • Mamilos e ao redor do umbigo.

Em bebês e crianças pequenas, a Escabiose pode atingir também o rosto, o couro cabeludo e as palmas das mãos, o que é raro em adultos.

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Tipos de Escabiose

Existem diferentes formas clínicas da Escabiose, que variam conforme a gravidade da infestação e a resposta do organismo.

1. Escabiose comum

É a forma mais frequente e provoca coceira intensa e pequenas lesões avermelhadas. Costuma ocorrer em pessoas saudáveis e com poucos ácaros na pele.

2. Escabiose crostosa (ou norueguesa)

É uma forma grave e altamente contagiosa, caracterizada por espessas crostas esbranquiçadas e grande quantidade de ácaros.
Acomete principalmente pessoas com baixa imunidade, como idosos, portadores de HIV ou pacientes em tratamento imunossupressor.

A Dra. Ana Carulina Moreno alerta:

“A Escabiose crostosa exige isolamento temporário e tratamento rigoroso, pois um único paciente pode abrigar milhões de ácaros e contaminar facilmente outras pessoas.”

Diagnóstico da Escabiose

O diagnóstico da Escabiose é feito principalmente por exame clínico dermatológico, baseado na observação das lesões típicas e no histórico do paciente.

Em alguns casos, o médico pode realizar o raspado de pele para observação ao microscópio, identificando o ácaro, seus ovos ou fezes.

De acordo com a Dra. Ana Carulina Moreno, a avaliação profissional é fundamental:

“Muitos pacientes usam pomadas ou antialérgicos sem diagnóstico e mascaram os sintomas. Isso dificulta o tratamento e mantém o ciclo de transmissão.”

Tratamento da Escabiose

O tratamento da Escabiose tem como objetivo eliminar o ácaro e seus ovos, aliviar os sintomas e prevenir novas infestações.

1. Medicamentos tópicos

Os principais medicamentos utilizados são cremes ou loções acaricidas, como:

  • Permetrina 5% (opção mais comum e segura);
  • Benzoato de benzila 10% a 25%;
  • Enxofre precipitado (em crianças pequenas ou gestantes).

Esses produtos devem ser aplicados em todo o corpo, do pescoço aos pés, incluindo as dobras e áreas entre os dedos. A aplicação deve ser repetida após 7 dias, conforme orientação médica.

2. Medicamentos orais

Em casos mais severos, o dermatologista pode indicar ivermectina oral, especialmente em surtos familiares ou Escabiose crostosa.

3. Cuidados complementares

Além do tratamento medicamentoso, é essencial adotar medidas de higiene para evitar a reinfestação:

  • Lavar roupas, toalhas e lençóis com água quente (acima de 60°C);
  • Passar o ferro em tecidos;
  • Isolar objetos que não possam ser lavados por 72 horas;
  • Tratar todas as pessoas que tiveram contato próximo, mesmo que estejam sem sintomas.

Escabiose em crianças

A Escabiose infantil requer atenção especial, pois as crianças tendem a coçar mais, aumentando o risco de infecções secundárias por bactérias.

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O tratamento é semelhante ao dos adultos, mas a concentração dos produtos deve ser ajustada de acordo com a idade.
É fundamental o acompanhamento médico para evitar irritações e garantir a segurança do tratamento.

A Dra. Ana Carulina Moreno ressalta:

“Em crianças, a Escabiose costuma ser confundida com alergias. O diagnóstico precoce é essencial para evitar a disseminação entre familiares e colegas de escola.”

Prevenção da Escabiose

A prevenção da Escabiose está diretamente ligada à interrupção da transmissão.
Mesmo após o tratamento, algumas medidas devem ser mantidas para garantir a eliminação total dos ácaros.

Medidas preventivas:

  • Evitar contato direto com pessoas infectadas até o fim do tratamento;
  • Lavar roupas e roupas de cama com frequência;
  • Evitar o compartilhamento de toalhas, travesseiros e cobertores;
  • Higienizar superfícies de uso comum;
  • Manter acompanhamento dermatológico em casos recorrentes.

Essas medidas simples são eficazes para controlar surtos em ambientes familiares e coletivos, como escolas e asilos.

Complicações possíveis

Quando não tratada corretamente, a Escabiose pode evoluir com complicações, como:

  • Infecção bacteriana secundária (impetigo);
  • Eczema ou dermatite irritativa;
  • Disseminação generalizada em imunossuprimidos;
  • Escabiose crostosa, forma grave e de difícil controle.

O tratamento precoce é essencial para evitar essas complicações e interromper o ciclo de transmissão.

Quando procurar um dermatologista?

Qualquer coceira intensa e persistente, especialmente quando afeta várias pessoas da mesma casa, é motivo para procurar um dermatologista.
Somente o profissional pode confirmar o diagnóstico e indicar o tratamento adequado.

A Dra. Ana Carulina Moreno, dermatologista da Barra da Tijuca (RJ), destaca:

“A Escabiose tem cura e responde bem ao tratamento, mas é preciso seguir as orientações médicas à risca e tratar todos os contatos ao mesmo tempo. Isso garante o sucesso terapêutico e evita reinfestações.”

Conclusão

A Escabiose é uma doença de pele contagiosa, mas totalmente curável quando diagnosticada e tratada corretamente.
Com acompanhamento dermatológico, o uso adequado de medicamentos e cuidados de higiene, é possível eliminar o ácaro causador e prevenir novas infestações.

A orientação da Dra. Ana Carulina Moreno, uma das melhores dermatologistas da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, reforça a importância da atenção médica especializada para garantir um tratamento seguro, eficaz e livre de complicações.

Cuidar da pele é essencial para manter a saúde e o bem-estar — e no caso da Escabiose, informação e prevenção são as melhores formas de proteção.

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